A época 2017/2018, segunda da Liga Allianz, começou com a habitual Supertaça e no dia a seguir com um workshop ministrado pela FPF com todos os clubes inscritos na prova. Refira-se que a FPF convidou os clubes a estarem presentes no jogo e, inclusive, promoveu a sua estadia num hotel em Coimbra, para não terem de se deslocar de longe no próprio dia do workshop - uma prova inequívoca da importância que a FPF dá ao estreitamento de relações com os participantes da Liga Allianz.
De todos os pontos discutidos, sobressaiu a decisão de gravar todos os jogos e posterior colocação numa plataforma acessível a todos os Clubes. Só esta inovação já faria sorrir muitos clubes. Mas a FPF foi mais longe. Juntou-lhe o programa InStat, que faz uma análise individual das jogadoras e uma análise comparativa da prestação das equipas em confronto no jogo. Uma pérola!
Imagino que com esta inovação, a FPF procure dotar os clubes de uma ferramenta que ajude os treinadores a melhorar a performance das suas equipas e, consequentemente, da Liga no geral. Uma ajuda que é transversal e não interfere directamente com a política desportiva de cada clube.
Na verdade, mais do que uma ajuda, esta oferta da FPF constitui um desafio. Uma ferramenta que permite crescimento na forma como se vê a própria equipa e os adversários - ajuda; mas que tão mais eficaz se torna, quanto melhor ela for entendida por parte dos treinadores - desafio.
Mas o desafio não se fica por aqui. Talvez a parte maior caiba às jogadoras.
Sim, de nada adianta um grande trabalho de observação, se as jogadoras não estiverem disponíveis mentalmente para aceitar as indicações e colocarem em prática o que os treinadores pedirem.
Mas o desafio não se fica por aqui. Talvez a parte maior caiba às jogadoras.
Sim, de nada adianta um grande trabalho de observação, se as jogadoras não estiverem disponíveis mentalmente para aceitar as indicações e colocarem em prática o que os treinadores pedirem.
Em resumo, trata-se de uma grande ferramenta de apoio, que estou certa virá acrescentar qualidade ao treino e aos jogos.
Com menos meios, mas com um trabalho apurado na instrução da sua equipa sobre as características das adversárias, já na longínqua época 2008/09 a Helena Costa foi com o Odivelas (2ª divisão) ganhar uma eliminatória da Taça de Portugal ao todo poderoso 1º de Dezembro.