Neste árduo caminho de desenvolvimento do futebol feminino em Portugal, nem todas as coisas precisam de grande investimento para serem postas em prática. Uma das mais importantes, porque dá rosto ao que se faz, é a divulgação nas redes sociais das actividades das equipas.
Nesse aspecto já grande parte das equipas, de todos os escalões e competições, têm procurado corresponder ao que à era da comunicação se exige: se não se vê, não existe.
Claro que este trabalho de documentação fotográfica e arquivo online é feito, em mais de 90% dos casos, por pessoas que directa ou indirectamente estão ligadas às equipas e por alguns fotógrafos amadores que têm páginas próprias e aí publicam o seu trabalho.
Dizem os regulamentos que só quem tem colete do CNID pode estar dentro do recinto de jogo para fotografar. Logo, à partida a maioria das pessoas que fotografa os jogos está limitada à vista das bancadas ou, em melhor opção se a houver, junto ao varão que rodeia os campos. O que não permite um trabalho de grande qualidade.
Felizmente, as árbitras vão estando sensibilizadas para a importância da divulgação das imagens do jogo e vão permitindo, a quem solicita, a permanência dentro do campo, na zona restrita para os fotógrafos. De salientar que, quem vai fazer este trabalho, tem de estar consciente que tem de ter um comportamento correcto e adequado à circunstância.
A própria FPF, ciente da importância da divulgação e numa atitude de sensibilidade e bom senso, tem credenciado alguns fotógrafos amadores nas finais da Taça de Portugal e na Supertaça e ainda em alguns jogos das Selecções Nacionais.
Ora, se tudo está dentro dos parâmetros mínimos, qual a razão deste post?
É que, teimosamente, há uma árbitra que continua a ser mais papista do que o papa, fazendo valer os regulamentos. Imagino que seja para se proteger. Mas quando todas as suas colegas o fazem, sem que ao que parece mal nenhuma tenha vindo ao mundo, um pouco de bom senso talvez ajudasse. Porque na verdade, todos precisamos uns dos outros. Certamente, a sua carreira não seria a mesma se não fosse o futebol feminino.
Talvez haja necessidade de se criar aqui uma figura legal, entre a FPF e as pessoas que querem desenvolver este tipo de trabalho, de forma a que toda a gente esteja devidamente identificada e não haja necessidade de contar com a boa vontade de quem dirige o jogo. Boa vontade essa que, volto a referir, na maioria dos casos existe.