segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Como foi o primeiro derby oficial entre o SL Benfica e o Sporting CP

(Créditos fotográficos: Anabela Brito Mendes)


O primeiro derby oficial entre estes dois grandes clubes não se pode dizer que tenha sido um jogo de encher o olho mas foi sempre emotivo e bem disputado. O público que se deslocou (e não foi assim tão pouco) ao Estádio da Tapadinha deu o tempo por bem empregue. A vitória sorriu, atrevo-me a dizer, naturalmente para o lado da equipa encarnada mas não sem que as jovens atletas do Sporting tenham dado luta durante grande parte do jogo. Não nos podemos esquecer que esta jovem equipa da Mariana Cabral é constituída por atletas Sub 19 reforçada pontualmente por atletas do plantel sénior.

Marcou cedo a equipa encarnada mas por esta altura do jogo era o Sporting que melhor trocava a bola entre as suas atletas, jogando curto de pé para pé. As saídas eram sempre feitas de trás para à frente e, em determinados momentos, a situação exigia um alívio rápido mas raramente isso se viu na equipa verde e branca. Claro que daqui surgem dissabores e problemas acrescidos mas a irreverência da idade está bem presente nas jovens atletas que estão num processo de crescimento que a seu tempo terá o devido retorno na equipa principal do Sporting.

Do lado do Benfica, uma equipa muito mais madura e com outros argumentos fez valer a maior experiência das suas jogadoras para ir criando situações de perigo para a baliza do Sporting. O Benfica dispõe de um leque de jogadoras de elevada qualidade com lugar em qualquer equipa que evolui na Liga BPI pelo que este seu ano de estreia será um “passeio” rumo à subida de divisão mas com os olhos postos e a atenção focada na prova rainha que é a Taça de Portugal.

Antes do 2.º golo do Benfica o Sporting teve uma excelente iniciativa que terminou com uma defesa de dificuldade elevada por parte da Daniele Neuhaus, guarda-redes encarnada. Até ao final da 1.ª parte esta toada manteve-se e o Sporting dava bem conta de si contra uma equipa de valor superior mas nem sempre evidente no decorrer deste período.

O regresso do intervalo revela uma equipa do Sporting transfigurada, para pior, incapaz de aproveitar jogar a favor do vento para causar mais dissabores ao último reduto encarnado. Este período menos conseguido por parte do Sporting observou-se em largos períodos da etapa complementar tendo ressurgido o bom futebol nos últimos minutos do jogo.

O SL Benfica na 2.ª parte dominou por completo o desafio, criando inúmeras situações de golo não concretizadas algumas por mérito da guarda-redes leonina, Carolina Jóia, com intervenções arrojadas face às jogadoras adversárias.

Não deixarei de seguir esta jovem equipa do Sporting CP sendo que até à data foi a que sofreu a derrota menos expressiva imposta pelo vizinho da 2ª circular de todos os jogos que este já disputou.

Mas, no final o que conta é o resultado e a vitória do Benfica é inquestionável e não sofre qualquer contestação. A diferença de ritmo, experiência e maturidade entre ambas as equipas é abissal e marcou a diferença neste primeiro derby oficial.

Que seja o primeiro de muitos!