(Créditos fotográficos: Anabela Brito Mendes) |
O primeiro derby
oficial entre estes dois grandes clubes não se pode dizer que tenha sido um jogo de
encher o olho mas foi sempre emotivo e bem disputado. O público que se
deslocou (e não foi assim tão pouco) ao Estádio da Tapadinha deu o tempo por
bem empregue. A vitória sorriu, atrevo-me a dizer, naturalmente para o lado da
equipa encarnada mas não sem que as jovens atletas do Sporting tenham dado luta
durante grande parte do jogo. Não nos podemos esquecer que esta jovem equipa da
Mariana Cabral é constituída por atletas Sub 19 reforçada pontualmente por
atletas do plantel sénior.
Marcou cedo a equipa encarnada mas por
esta altura do jogo era o Sporting que melhor trocava a bola entre as suas
atletas, jogando curto de pé para pé. As saídas eram sempre feitas de trás para
à frente e, em determinados momentos, a situação exigia um alívio rápido mas
raramente isso se viu na equipa verde e branca. Claro que daqui surgem
dissabores e problemas acrescidos mas a irreverência da idade está bem presente
nas jovens atletas que estão num processo de crescimento que a seu tempo terá o
devido retorno na equipa principal do Sporting.
Do lado do Benfica, uma equipa muito
mais madura e com outros argumentos fez valer a maior experiência das suas
jogadoras para ir criando situações de perigo para a baliza do Sporting. O Benfica
dispõe de um leque de jogadoras de elevada qualidade com lugar em qualquer
equipa que evolui na Liga BPI pelo que este seu ano de estreia será um “passeio”
rumo à subida de divisão mas com os olhos postos e a atenção focada na prova rainha
que é a Taça de Portugal.
Antes do 2.º golo do Benfica o Sporting
teve uma excelente iniciativa que terminou com uma defesa de dificuldade
elevada por parte da Daniele Neuhaus, guarda-redes encarnada. Até ao final da 1.ª parte esta toada
manteve-se e o Sporting dava bem conta de si contra uma equipa de valor
superior mas nem sempre evidente no decorrer deste período.
O regresso do intervalo revela uma
equipa do Sporting transfigurada, para pior, incapaz de aproveitar jogar a
favor do vento para causar mais dissabores ao último reduto encarnado. Este
período menos conseguido por parte do Sporting observou-se em largos períodos
da etapa complementar tendo ressurgido o bom futebol nos últimos minutos do
jogo.
O SL Benfica na 2.ª parte dominou por
completo o desafio, criando inúmeras situações de golo não concretizadas
algumas por mérito da guarda-redes leonina, Carolina Jóia, com intervenções
arrojadas face às jogadoras adversárias.
Não deixarei de seguir esta jovem equipa
do Sporting CP sendo que até à data foi a que sofreu a derrota menos expressiva imposta
pelo vizinho da 2ª circular de todos os jogos que este já disputou.
Mas, no final o que conta é o resultado
e a vitória do Benfica é inquestionável e não sofre qualquer contestação. A diferença
de ritmo, experiência e maturidade entre ambas as equipas é abissal e marcou a
diferença neste primeiro derby oficial.
Que seja o primeiro de muitos!
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